Relevo

Nas diversas propostas de classificação do relevo brasileiro existentes, as referências acerca do relevo piauiense eram muito genéricas e/ou muito superficiais. Apresentaremos aqui as proposta de dois pesquisadores piauienses que tentaram preencher essa lacuna. Toda classificação reflete, em suma, os avanços da ciência no seu tempo e o modo como cada pesquisador a Interpreta:

a)CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DE JOÃO G. BAPTISTA (1975): agrupa as formas de relevo do Piauí em cinco chapadas ou chapadões:

  1. O Arco da Fronteira, que se divide em duas secções pela Chapada do Araripe, constituindo-se ao Sul o divisor das bacias hidrográficas do Parnaíba e do São Francisco e ao Norte separando os vales piauienses dos cearenses;
  2. Os Chapadões do Sul, correspondendo às escarpas do Arco da Fronteira, “que vão perdendo altitude no sentido sul-norte”;
  3. As Cuestas do Centro, que apresentam mergulho das camadas de leste para oeste;
  4. Os Contrafortes da Ibiapaba, identificados como cuestas que pertencem ao setor norte do Arco da Fronteira;
  5. Os Morros Isolados, que são as formas de pequenas altitudes, que intercalam as formas de maior expressão espacial.


b) CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL DE IRACILDE M. FÉ LIMA (1984): Associando a estrutura geológica e a composição dos terrenos ao clima, a autora dividiu o relevo do Piauí nos seguintes compartimentos:

  1. Depressões Periféricas:
  2. Chapadões do Alto-Médio Parnaíba
  3. Planalto Oriental da Bacia Sedimentar do Maranhão-Piauí
  4. Baixos Planaltos do Médio-Baixo Parnaíba
  5. Tabuleiros Pré-Litorâneos
  6. Planície Costeira